Ora bem... eu nem sou moça de dizer muitos palavrões. E até me irrita o uso e abuso desse linguajar assim a modos que ... a fugir para o chinelo.... mas há alturas em que não se consegue expressar a fúria, o descontentamento, a verdadeira da ira, com palavras meigas!
Vejamos: quando tudo nos corre mal, já estamos mais nervosos e irritados, quando não temos solução para o que nos está a acontecer e nos apetece insultar o "destino"... não vamos dizer "irra, que hoje nada me corre bem" .. dá assim impressão que afinal não é grave, e que não nos corre sangue nas veias!
Se entalam um dedo numa porta, e estão a morrer de dores, quando já estamos mais encolhidos que um gato... não vamos dizer "aiiiiii que dores!" .... mas sim um valente palavrão, alto e em bom ton.. bem soletradinho e com uma boa projecção de voz, para nos aliviar a dor, e tá claro voltar a esticar a espinha, recuperando a posição natural.
Há ocasiões em que o belo do palavrão é a palavra libertadora da garra!!
Imaginem-se a sair atrasadas para qualquer compromisso importante, partem uma unha, de seguida rasgam as meias de vidro (por causa da unha partida), viram o café na camisa, o elevador está ocupado, a porta da garagem não abre, o transito não ajuda e não chegam a tempo nem com bom aspecto à reunião.......
duvido, duvido, que não berrem : F***-se! P*** que p**** esta m****!!!!
E pelo menos já descarregaram a raiva....
... e eu, que nem sou dada a estas coisas.... mesmo depois de uma breve experiência profissional lá para os lados de braga, mais especificamente em famalicão city, onde parecem incluir essas palavras todas, assim das menos próprias, no dicionário oficial da região (ou então, faz parte do dialecto!! lol)
MAI NADA!
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