quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O valor do dinheiro


ora bem, estão vocês a pensar o que sairá deste post.

Estejam descansados, não vos vou maçar com nenhuma aula de economia... apesar de estar aí a minha base de formação e teria muito para vos contar...

Podia começar pela 1ª aula de introdução à economia, onde se aprende que "Não há almoços grátis" ... que ninguém dá nada a ninguém, que tudo tem um porquê, um interesse envolvido, ... bla...bla... cambada de insensíveis esses economistas que só pensam em dinheiro e não fazem nada com o coração! ... são, no fundo uns materialistas, gente estranha amarrada a bens materiais.. and so on...... and so on... lol

A minha sorte é que já vos avisei que não sou boa pessoa, por isso, não enganei ninguém! Comigo "what you see is what you get!" lol

Voltando ao tema, que já estava a dispersar... vou-vos falar da relatividade do valor do dinheiro, sob o meu ponto de vista, tá claro!

Situação 1: Vamos às compras, na bela companhia da mamã, e vemos umas botas lindas, imaginemos que Miguel Vieira, com um salto muito alto, o que impede de usar todos os dias, apenas para ocasiões especiais e principalmente durante poucas horas (senão os pés delicados não aguentam), com uma cor tão original que condiciona o restante guarda roupa, .... LINDAS... e CARAS!

Se somos jovens, estudantes, felizes e inúteis (lol), vivendo ainda de mesada, resolvemos a questão desta forma: "oh mamã, dá-me, vá, são tão lindas! é uma peça especial, um bom investimento"... e bingo! já caíram!! ... continuando: "e ficava mesmo bem com aquela camisola de gola alta daquela loja xpto" ... e pronto! já cá canta! (balanço final, 2 peças que saíram do armário 3 ou 4 vezes na época)

Se somos recém-trabalhadoras, com o nosso ordenado no final do mês, depois de muitas horas extra para o merecer: "Fogo, este preço é de loucos! ... teria que trabalhar meio mês para as comprar! Nem pensar!" .... e a Mãe argumenta: "Leva, olha que é uma peça original, faz-te falta! ... Estás uma forreta!" ... e pensamos na rentabilidade do investimento, na utilidade da peça, se está implícito algum gasto adicional, a quantos dias de trabalho corresponde.. bla bla... e concluímos que é melhor não avançar!

Situação 2: vamos comprar uma camisa que precisamos, e na loja estamos indecisas entre azul ou cor de rosa....

estudantes: "mamã, ficam-me tão bem, as duas, dás?! ...uma não substitui a outra, faziam-me mesmo falta!" .... e bute, 2 saquinhos para o armário!! lol

recém-trabalhadoras: pensamos, pensamos, a mãe insiste para a compra de uma delas, até se oferece para pagar... e lá estamos nós a analisar o corte, a cor, o preço, o investimento... bla bla... e com sorte trazemos uma!! lol

Em suma: A minha vida mudou desde que comecei a trabalhar, e não é justo! lol A forma de olhar para a mesma quantia de dinheiro é completamente diferente.... acho que fiquei mais forreta, mais careta, mais responsável, para além de mais indisponível (não tenho tempo!) ... enfim... uma canseira!

A boa notícia é que passa, principalmente com os anos, toma-se consciência da picada do virús esmifra, o que por si só, já é meio caminho andado para a cura, trava-se uma luta aguerrida contra ele, e com sorte e boas compras, consegue-se vencer!! lol

There´s hope!

4 comentários:

Rosa Carneiro Pais disse...

Lol
Acho que é mal geral pós 24/25 anos... É uma grande chatisse!

Beijo

Coelha disse...

LOOL
Ora este texto é perigoso...
Incentiva os estudantes a nao o quererem deixar de ser... E nao quererem fazer nenhum...
Ora vejamos... Eu pedi dois casacos, mas a minha mami so me deu um. Se fosse eu nao ia comprar nenhum?
Naaaa tenho uma imagem a manter!
lol
Acho que viver às custas dos papás é bem mais produtivo :P

Beijinhos*********

nuno medon disse...

olá! tens toda a razão. beijos

Teea disse...

Pena que nem todos temos/tínhamos uma mamãe assim, faz-me sentir triste e com inveja... ainda entendo um pouco se isso acontecer na adolescência (quando se mora em casa), mas quando já se mora sozinha/até trabalha? Inveja mesmo.